terça-feira, 15 de julho de 2008

Casa Grande e Senzala


Meu irmão Raimundo (Mundinho) chegava em casa ao entardecer com o exemplar do jornal O GLOBO - era a melhor hora da tarde. Apesar de ainda não termos luz elétrica, tínhamos lamparinas à querosene, (que nos deixava uma marca meio cinza no nariz), para lermos à noite. Eu sempre corria para o caderno de cultura para ler os quadrinhos, me deliciava com o Brucutu, Fantasma,Tarzan e outros que a minha memória teima em esconder - foi assim que aprendi a gostar de quadrinhos, lendo as tirinhas do jornal.
Meu irmão também era leitor fervoroso da série Edição Maravilhosa lançada por Adolfo Aizen pela Editora Brasil América Ltda, onde encontrávamos clássicos da literatura nacional como O Tronco do Ipê, O Guarani, Iracema, de José de Alencar e clássicos internacionais como Frankestein de Mary W. Shelley, Cyrano de Bergerac de Edmond Rostand, Beau Geste de P.C. Wren, O Pimpinela Escarlate de Baronesa de Orezy e tantos outros.
As leituras destes clássicos em quadrinhos me ajudaram muito a ler os livros originais na época de estudante. Apesar de ler tudo que passa pelas minhas mãos, nunca consegui transitar pelas setecentas páginas de Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre. Somente trechos desta grande obra fizeram parte da minha trajetória estudantil. Mas sempre permaneceu em mim este desejo louco de me enveredar pelas páginas deste clássico da nossa sociologia e somente hoje matei este desejo: acabei de ler Casa Grande e Senzala em quadrinhos, uma edição maravilhosa da Editora Global, uma adaptação de Estevão Pinto com ilustrações do ótimo Ivan Wash Rodrigues. Quem sabe agora crio coragem para ler o orginal...

3 comentários:

Mina Sousa disse...

Oi, como estas, soy argentina, estudiante universitaria de historia, espero que puedas entender el castellano al escrbir este post, porque no se expresarme en portugues. Creo haber entendido que salio una edición como en historieta de Casa Grande. Yo hice seminarios en la Universidad de La Plata sobre Brasil, porque me gusta muchisimo su cultura, su historia sobre todo, y como Freyre le da identidad nacional a Brasil con su obra, borrando los prejuicios de color y de raza, dandole la esencia brasileña con los esclavos negros, que son los que poblaron Brasil. Estoy haciendo un trabajo para la facultad sobre eso, y tuve que leer las 700 paginas del libro! Se lo recomiendo entero, porque no es aburrido, al contrario, una de las mejores lecturas que tuve entre mis manos. Saludos. Mina Sousa.

José Marcos disse...

Antes que nada te agradezco el comentario,
Entendiste bien, salió una edición como en historieta de Casa Grande.
Pero é cierto que debo leer por entero La obra
Que estas asiendo en la Universidad?
Conoces Brasil? Cuando Vienes?
Yo Conozco Rosario e tengo ganas de volver a Argentina.
Saludo desde Brasil!

Mina Sousa disse...

Hola! por nada, en la universidad estoy haciendo el profesorado de historia, y me interesa la historia de brasil.
Le cuento que conozco de Brasil la parte que conocen todos los argentinos, Santa Catarina: florianopolis, camboriu, y aledañas. Me gustaria ir a Brasil a conocer Rio de Janeiro o Pernambuco y Bahia. Ya que en historia he visto Brasil de muchas maneras, me gustaria ir a investigar mas sobre sus costumbres locales.
Ud a que se dedica?
Saludos, Mina Sousa