quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Releituras de Portinari


  Ontem ao visitar a exposição dos painéis Guerra e Paz, de Candido Portinari, no novo Cine Brasil, pude me deliciar com uma parte da exposição que sempre me atrai a releitura.

Na exposição havia duas releituras: As Esculturas de Sergio Campos e os Bordados do grupo Matizes Dumont. As duas me deixaram tonto. Os leões e a Menina de Trança de Sergio Campos complementaram a obra de Portinari. Os bordados fizeram com que eu voltasse ao passado lembrando-me das vizinhas que bordavam verdadeiramente obras de arte. Lembro-me que quando me casei, e lá se vão muito tempo, ganhei de presente uma caixa de lenços de cambraia, com o meu monograma. Presente das mulheres da família Moises. Presente único.

Mas voltando à releitura e pensando nas pichações do bendito Justin Bieber, lembrei-me das pichações de um muro aqui perto de casa, feito pelos Gênios da Lata, lá pelos anos de 2005. Eles retratavam duas obras de Portinari, Os retirantes e Menino morto. Ficaram lindas. As cores brilhantes e os traços precisos do grafite, tudo exposto na rua para ser visto por quem passasse.



Acima o Original de Portinari.
Abaixo a releitura feita pelos gênios da Lata em 2005



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Acima o Original de Portinari.
Abaixo a releitura feita pelos gênios da Lata em 2005


Grafite também é arte, e arte bonita de ser vista quando é feito com inteligência.


sábado, 30 de março de 2013

A Paixão segundo Botero



O artista Fernando Botero, Colombiano,conhecido como o pintor dos gordinhos, da a sua visão da Paixão e morte de Jesus Cristo. Vejam esta Via-Sacra.
















sexta-feira, 29 de março de 2013

Avô, conta outra vez







Acabo de ganhar um livro que devorei, em pé, sem respirar. As lágrimas saltaram dos meus olhos. É incrível como a arte faz a gente se sentir bem apesar das lágrimas. O que faz um texto virar obra de arte é a singularidade do plural. Quem não contou uma história para o seu neto? Qual neto não ouviu uma história do seu avô.



No livro "Avô, Conta Outra Vez", o escritor José Jorge Letria relata na forma de poema um dos ofícios de ser avô, “O de contar histórias”. Com ilustrações de seu filho André Letria, o livro encanta os avôs e as crianças.

A sensibilidade do autor em descrever os anseios do avô em transmitir para o neto a alegria de viver, faz o livro infantil virar um livro de adulto.

Peguei-me pensando na minha neta ouvindo as minhas histórias. Aquelas histórias que mamãe me contava e que eu contei para a minha filha. As histórias que li nos livros, e as histórias que criei. As histórias que a vida me fez viver e as que vi outros viverem.

Há! Este livro me fez feliz. Alguém antes de mim se fez avô, contou histórias, criou histórias e se relacionou com o neto como eu quero me relacionar.

Um livro que registra o momento mágico entre avô e neto, o momento de ouvir e de contar. Um livro lindo que como disse a sinopse: “Um livro para avós, pais e netos se lembrarem sempre do valor da palavra e da ternura que é capaz de unir gerações.”

Adorei! Obrigado Carla... você contribuiu para que eu me aprimore no ofício de ser avô.