segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ELIS VIVE EM MIM

Elis vive em mim, e renasce nas lágrimas que choro ao ouvir as canções que ela eternizou. A maior voz feminina que o Brasil já teve, encanta jovens que nasceram após a sua morte. Pude perceber isto ontem no espetáculo “Redescobrir”. Maria Rita, filha da ELIS, apresentou um espetáculo limpo, sem erros. A perfeição transitou por todo o palco: Luz, figurino, arranjos, som. Maria Rita e banda fizeram uma catarse para um público predominantemente jovem. Até o Chevrolet Hal estava bom,
Elis vive em mim, e tenho certeza que ela não morrerá. O público presente no espetáculo de ontem que cantou dançou, embalou, chorou e sorriu, também gritou isso. Elis Vive!
E Maria Rita também dançou, embalou, chorou e sorriu. Ao cantar “Arrastão”, controlou os braços para não ser comparada à mãe. Chorou ao cantar “Essa Mulher” e me fez chorar ao cantar “Tatuagem”, ou melhor, me fez chorar o tempo todo.
Elis vive em mim, e Maria Rita sabe disso, por isso ela permitiu que eu, e todo público, cantasse com ela, dançasse com ela, chorasse com ela.
Elis vive em mim, e essa catarse, me fez redescobrir uma Elis eterna, que renasce na voz da filha. Na voz da minha filha, e da minha neta que ainda vai nascer, mas que estava lá, na barriga da mãe, ouvindo as canções que tenho a pretensão de dizer, que Elis cantava pra mim.
José Marcos
20/08/2012

Nenhum comentário: