quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Menino do Pijama Listrado


As brincadeiras, com os amigos são interrompidas durante a Segunda Guerra Mundial, quando uma família alemã se muda de Berlim para Auschwitz, o pai, um oficial nazista, foi promovido e vai trabalhar em um campo de concentração. Bruno, de oito anos de idade, sem a companhia dos amigos fica muito entediado por não ter o que faze e com quem brincar e motivado pela curiosidade começa explorar o fundos do jardim da nova casa e encontra uma fazenda que ele via da janela do seu quarto. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive na fazenda, do outro lada da cerca de arame farpado. Na verdade a fazenda era um campo de concentração. O encontro de Bruno com o menino do pijama listrado o leva da inocência a uma profunda reflexão sobre o mundo adulto. O filme mostra o modo como o preconceito, o ódio e a violência afetam pessoas inocentes, especialmente as crianças. Sai do cinema pensando no mito da MEDEIA, “conviver com a tragédia é pior que morrer envenenado”.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O Pequeno Príncipe


Não me lembro bem quando travei conhecimento com o Pequeno Príncipe. Provavelmente na juventude, na infância tenho certeza que não foi. Talvez influenciado pelo grupo de jovem, que participava, pois foi através deste movimento que entravamos em contato com os grandes clássicos da literatura, da filosofia, da história e da teologia. Acho que foi assim que encontrei o pequeno príncipe, entre Gibran Kahlil Gibran, Krishnamur, Jean-Paul Sartre, e outros. Escrito em 1943, pelo escritor Frances Antoine de Saint-Exupéry, o pequeno príncipe é o terceiro livro mais lido no mundo depois da Bíblia e do Alcorão. É talvez o único verdadeiro exemplo de uma fábula para adulto, ou melhor, para o menino que todos os adultos foram um dia. A estória é belíssima e tentar resumi-la ou explicá-la é desvalorizá-la. Então este é um convite para ler, pra quem ainda não leu e um convite para ler novamente para quem já leu... Eu já li várias vezes e a cada vez digo o mesmo, “magnífico”. Já li em Frances, em italiano, em espanhol, só não li na versão original em Inglês, (Antoine de Saint-Exupéry escreveu o livro em New York e acompanhou pessoalmente a sua tradução na língua inglesa...). Como um bom colecionador que sou, tenho alguns exemplares do livro em Frances, italiano, espanhol e brasileiro. O livro foi traduzido para 180 idiomas e dialetos. (Se você que estiver me lendo agora e quiser me enviar um exemplar editado em um idioma diferente eu ficarei feliz). O pequeno príncipe já foi editado em várias mídias, como cinema, disco, teatro etc.; e agora acabo de receber um exemplar em quadrinhos, um belo trabalho de Joann Sfar. Não é uma versão fiel do clássico, mas uma nova obra. Como eu gosto de clássicos em quadrinhos adorei. Leiam...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ENTRE DEZ E ONZE HORAS



Ele acordava entre as dez e onze hora da manhã, depois que já tínhamos saído de casa. Ficava vagando pela casa, mudava a disposição dos quadros, ligava a televisão no; último volume, mas não assistia nada - não valia à pena, dizia - revirava as gavetas, rabiscava os papeis e escondia os vestidos de minha mulher, bebia da minha cachaça, arrancava as flores do jardim e as atiravam n água. Remexia em tudo, alterava a nossa vida. Quando chegávamos a casa ele me fazia ficar calado e a responder baixinho as perguntas de minha mulher. Quando estava sozinho ele me fazia sorrir. Algumas vezes ele me ajudava a regar os girassóis e conversava baixinho comigo, para não assustar as flores. Mostrava-me a delicadeza de cada pétala de flor e me fazia ver a metamorfose das borboletas, dizendo que também sabia voar. Um dia quando arávamos a terra para semear girassóis ele me falou de política, me contou da reforma agrária e da repressão ao povo. Ele maltratava mais a minha mulher, a fazia ter muito sono e sempre queixar-se de alguma coisa ao despertar, a fazia acreditar que eu não a amava, e só me deixava convencê-la do contrario quando; íamos para a cama e ficávamos fazendo amor até o sono chegar. Outro dia, quando olhávamos a germinação dos girassóis ele me disse que estava perto do dia de partir, ficamos ali calados - não sei quanto tempo - olhando os girassóis crescerem. Quando resolvi lhe perguntar quem era ele, e de onde ele tinha vindo ele desapareceu, como se fosse uma borboleta subindo ao céu. Até hoje -depois de muito tempo- eu e minha mulher não sabemos quem alterava a nossa vida e colocava o nosso relógio para despertar entre dez e onze horas da manhã.