domingo, 19 de setembro de 2010

Ipê Amarelo

Aprendi hoje uma palavra nova: procrastinação que do latim significa “postergar, atrasar, demorar, adiar, delongar”.

Já faz tempo que quero escrever alguma coisa sobre os Ipês que afloram nesta época do ano, pré anunciando a primavera. Mas a procrastinação não permitiu. Somente agora ao ler um texto de Rafael Tonon na revista Vida Simples, que fala da procrastinação, que tomei coragem de abrir o Word e falar do meu amor pelos Ipês.

Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o pau-brasil a Árvore Nacional e o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, a Flor Nacional.

A flor do Ipê é tão efêmera quanto à Cerejeira do Japão que é tão efêmera quanto à vida. Talvez seja por isso que gosto dos Ipês que encontramos em todas as praças ruas e parques das nossas cidades e também nos campos e florestas deste imenso Brasil.

São várias as cores do Ipê: Ipê roxo, Ipê branco, Ipê rosa e o Ipê amarelo.


Minha mulher quando solteira plantou em sua casa um ipê Amarelo. Quando ele floresce e caem as suas flores, forma um tapete amarelo no chão.

Nesta época do ano olho mais para o horizonte para ver os Ipês. E quando vejo um, escuto uma música que logo vem à minha memória: O ipê é tão belo / Nada se compara a ele / Parece assim / Sorvete com confete e marshmallow / Mas é mais que cor e sabor / Ele é singelo. / Mas singelo é pouco / pro Ipê Amarelo / Não é a mais bela flor / Mas ele é belo / Parece suspiro / O Ipê Amarelo. / Doce de coco também é pouco / É mais um pouco / O Ipê Amarelo / Parece um castelo colorindo a colina / A crina de um cavalo sob o sol de rapina. / É o intervalo entre a estela e a purpurina / É algo que não se denomina / Mistério e nobreza de fogueira acesa / Um rei no seu trono / Uma realeza. / Fosse animal, seria um camelo / Se mineral, ouro em farelo / Mas nada é tão claro / Nada é igual ao Ipê Amarelo / Nada é igual esse tal / De Ipê Amarelo / Nada é tão claro / Nada é igual.

Já pedi para ser cremado quando eu morrer e para jogarem as minhas cinzas no Mediterrâneo, mas podem colocar também as minhas cinzas para adubar um belo pé de Ipê Amarelo, assim florescerei uma vez no ano em cada flor de Ipê.

domingo, 12 de setembro de 2010

Colecionador ou ajuntador de coisas

Quando eu era criança e bota “era” nisso, meu irmão mais velho colecionava coisas. Caixas de fósforos de propaganda dessas que a gente ganha em hotel ou Motel, marcas de cigarro e outras coisas. Meu cunhado colecionava moedas antigas. Acho que vem daí esta mania que tenho de juntar coisas e chamar de coleção. Coleciono Lápis de propaganda. Hoje um pouco mais raros, mas com o advento dos grandes espetáculos de teatro e música eles estão de volta. Coleciono Notas & Moedas, nacionais e internacionais. Coleciono exemplares do livro “O Pequeno Príncipe” publicado no mundo. Quando surgiu o Cartão telefônico com as estampas bonitas e a história contada através das publicidades, comecei a juntar. É incrível como uma estampa de uma nota ou a face de uma moeda, pode nos remeter a datas históricas. Basta deixar a curiosidade eclodir. Você pega uma moeda e vê cunhada em uma das suas faces a figura de um soldado ou uma efígie, aí começa a história: Quem era essa pessoa que mereceu este destaque? Juntar coisas também é cultura. Só é. Os selos, os livros raros, os autógrafos de pessoas famosas. Agora descobri o Ex-líbris. Que legal! Mas uma fonte de lazer. Folhear livros à procura de Ex-líbris. Já tenho alguns. Eu gosto mesmo de juntar coisas e amigos para admirarem as coisas que junto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Convite: Laçamento do livro da Malluh Praxedes

No dia 10 de setembro de 2010, sexta-feira, às 20h, na Casa da Cultura, Praça Torquato de Almeida, 26, em Pará de Mina. A escritora e Jornalista Malluh Praxedes estará lançando o seu livro: Qualquer Mulher Tem um Diário Qualquer.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A voz do dono, o dono do livro

Ex-líbris
Recentemente o meu amigo Osmar Mendes Junior, no seu Twitter, sugeriu que deveríamos redescobrir os ex-líbris. Junto com o seu post colocou um link para um vídeo no Youtube ( http://youtu.be/My1fhGGREIc. ) com explicações simples e modelos de ex-líbris.

Foi o suficiente para aguçar a minha curiosidade sobre o tema. Primeiro busquei informações no Santo Google, e depois fui revirar a minha biblioteca para ver se encontrava algum. Ledo engano. A minha biblioteca foi toda adquirida por mim e por minha esposa (quando fui pedi-la em casamento simplesmente disse: Vamos juntar os nossos livros e discos em uma só estante?) e outros foram presente dos nossos amigos. Logicamente nenhum livro da minha biblioteca poderia conter um ex-líbris.

Mas esta busca teve uma grande utilidade, além de me obrigar a limpar cada exemplar que manuseava. Normalmente a limpeza feita pela faxineira se reduz a passar o aspirador de pó. Encontrei várias coisas: Primeiro: exemplares raros como o Homem Que Calculava de Malba Tahan 10ª edição de 1946.....
Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus (diário de uma favelada) edição de 1963. Na época foi uma revolução.
 Além de vários livros com dedicatória dos autores, como: Adélia Prado, Murilo Rubião, Wander Pirole e dos saudosos amigos Roberto Drumond e Osvaldo França Junior e muitos outros.

Para minha surpresa, em uma coleção chamada Biblioteca de Seleções (Seleções do Reader’s Digest) edição de 1957, encontrei ex-líbris prontos para serem usados, bastava colocar o meu nome. Veja figuras abaixo.

Agora tenho mais duas atividades ligadas ao ex-líbris para fazer: Primeiro criar o meu ex-líbris (talvez em forma de carimbo seja mais fácil.) e ficar atento quando em visitas aos sebos, ver se encontro algum para início de uma coleção.

Obrigado amigo Osmar por me induzir a preencher parte do meu tempo com coisas prazerosas.