quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Besouro Cordão de Ouro


Conheci a historia do BESOURO, em 1968, através da Elis Regina no festival de música da TV Record. A música “Lapinha” de Baden Powell e Paulo César Pinheiro foi a grande vencedora do festival. Elis Regina antes de cantar explicou: eu vou cantar a história de Besouro cordão de ouro. Besouro cordão de ouro foi na capoeira, o que Lampião foi no cangaço. Besouro era um valente. Besouro que sozinho lutou contra todo um regimento de cavalaria e saiu ganhando. Besouro home de corpo fechado que morreu traído por uma mulher. Seu último pedido: Morrer onde sempre viveu. Na Bahia. No bairro da lapinha.
Encontrei a história de Besouro também em um dos capítulos do livro Mar Morto, de Jorge Amado.
Em "Mar Morto" (1936), de Jorge Amado, Besouro é descrito como "o mais valente dos negros do cais".
"A estrela de Besouro pisca no céu. É clara e grande. As mulheres dizem que ele está espiando os malfeitos dos homens (barões, condes, viscondes, marqueses) de Santo Amaro. Está vendo todas as injustiças que os marítimos sofrem. Um dia voltará para se vingar", escreve Jorge Amado.

Agora fui agraciado com um convite do cine planeta para ver o filme: “Besouro da capoeira, nasce um herói” com direção de João Daniel Tikhomiroff.
Adaptação do livro “Feijoada no Paraíso”, de Marco Carvalho, Besouro é retratado como o maior capoeirista de todos os tempos. Um menino que, ao se identificar com o inseto que desafia as leis da Física, desafia ele mesmo as leis cruéis do preconceito e da opressão. Um mito, um super-herói. Besouro é um filme de aventura, paixão, misticismo e coragem sobre este personagem real que se tornou lenda. É um espetáculo de aventura, onde a paixão, o misticismo e a emoção têm papel central.
A Maravilhosa fotografia do filme feita por Enrique Chediak me chamou atenção já nos trailer. E alem de todos os efeitos especiais foi o que mais me chamou atenção. Valeu! Mais um filme da nova safra do cinema nacional que deve ser visto.